terça-feira, 1 de abril de 2008

AMOR COM COMPROMISSO

Hoje no almoço conversava com amigos sobre casamento...um casal muito querido planeja colocar em comum a vida e, brincadeiras a parte, fiquei pensando na certeza de amor que duas pessoas têm para resolver assumir para si e para todos essa doação recíproca de amor, porque é dessa forma que concebo a idéia de matrimônio, um amor exclusivo, fecundo.
Não estou querendo falar do ritual em si, quero ir mais profundo, penso na união como ato de PARTILHA, CARIDADE (Charitas - A expressão mais ampla do amor, que define a Santíssima Trindade).
A palavra casamento radica em ”casa”, enquanto que matrimónio radica em “mater”. A primeira associa-se a ideia de partilha de uma casa - casa no sentido literal e a segunda relaciona-se com a proteção da maternidade - um cuidado especial um com o outro, um amor maior.
As mudanças que vêm acontecendo no amor e no casamento ao longo da modernidade resultaram em transformações radicais na intimidade e na vida pessoal dos indivíduos. As pessoas cada dia tornam-se mais individualistas e intolerantes, é preciso paciência, cuidado e compaixão um com o outro.
O respeito pelo outro é a regra fundamental, consequentemente traz para o convívio, a paz e a harmonia . Pelo que escuto dos relacionamentos dos amigos, não é fácil a convivência entre duas pessoas; cada um com os defeitos da sua personalidade e suas inevitáveis falhas, buscando viver, dia após dia, sem tantos choques entre si. É preciso que, pouco a pouco, o casal ajuste-se de modo que os defeitos de um “se encaixem” nas virtudes do outro, para que nasça dessa diferença: Unidade e Evolução. Isso é possível somente se, além do AMOR, existir a CONFIANÇA. Então se você ama, você confia, você respeita...

O que vale na vida é ser feliz... vale a pena arriscar.

Torço e acredito no amor de vocês...

Soneto a quatro-mãos

Tudo de amor que existe em mim foi dado.
Tudo que fala em mim de amor foi dito
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.

Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.
Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.
Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.
Vinicius de Moraes / Paulo Mendes Campos

Nenhum comentário: